Pátria amada

A pátria amada, outrora tão colorida, gentil, festiva e feliz não se preparou para o que deveria ser a maior das festas.
O povo já calejado e cansado seguiu comendo o pão, mas não reverenciou o circo.
O sentimento misto e confuso ante o amor ao esporte ou o repúdio aos seus mandatários, calou o samba, ocultou o flamejar das bandeiras nos carros e nas casas e impediu que o país se pintasse numa linda aquarela novamente.
Sofrendo, a nação cresceu. Hoje, mais tristes e descrentes, aprendemos a cobrar as falsas promessas, o descaso descarado.
Não queremos mais a esmola fácil, o discurso leviano, a festa efêmera.
Estamos de luto, mas não mortos e, portanto não se enganem: O canarinho está rouco, mas não deixará de cantar ou voar.
Nosso plano de voo está sendo traçado e essa sim será uma grande festa! O amarelo e o verde voltarão para as ruas.
Nosso hino será entoado com força e alegria calando as vozes dissonantes que tentaram nos calar por algum tempo. É nas urnas que precisamos golear! Avante Brasil!